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    19 de dezembro de 2024

    Observatório da Indústria Ceará lança 6ª edição do Índice FIEC de Inovação dos Estados, com avanços em seis unidades da federação


    O Observatório da Indústria Ceará lançou, nesta terça-feira (17/12), a edição 2024 do Índice FIEC de Inovação, estudo que revela o nível de inovação nas 27 unidades da federação. Seis estados registraram avanços no índice, sendo cinco da Região Nordeste: Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí e Alagoas. Além destes, o Espírito Santo foi um dos destaques do levantamento, apresentando a maior evolução entre os estados brasileiros.

    Realizada pelo Observatório da Indústria Ceará, com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Índice chega à 6ª edição se consolidando como ferramenta para avaliar e orientar políticas públicas que fortaleçam os ecossistemas de inovação em todo o país.

    “O Índice FIEC de Inovação dos Estados já se tornou uma relevante contribuição para o fortalecimento dos ambientes de inovação em todo o país, sendo utilizado por diversos governos estaduais para otimizar políticas de ciência, tecnologia e inovação”, destacou o Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante.

    Eduarda Mendonça e Guilherme Muchale no lançamento do Índice FIEC de Inovação dos Estados - Foto Laura Guerreiro

    De acordo com o estudo, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul seguem ocupando as três primeiras posições no ranking nacional de inovação. O principal resultado, no entanto, foi o do Espírito Santo, que subiu do 12º lugar, em 2020, para o 7º, em 2024, o maior crescimento nos últimos cinco anos de pesquisa. Já o Ceará atingiu a 8ª colocação.

    No ranking por regiões, o Sudeste (1º) e o Sul (2º) registraram os melhores desempenhos. A região Centro-Oeste alcançou a 3ª posição, enquanto Nordeste e Norte ficaram em 4º e 5º lugar, respectivamente.

    Os números, como explica o Gerente do Observatório da Indústria Ceará, Guilherme Muchale, refletem a concentração histórica da inovação no eixo Sudeste-Sul, fruto de um ambiente inovador mais favorável.

    “Os estados do Sul e Sudeste têm um investimento histórico em educação superior de pós-graduação, um ambiente de negócios diferenciado, intensidade de setores de maior nível de inovação, além de uma complexidade maior no setor produtivo local, o que gera resultados mais positivos. Já os estados do Norte e Nordeste acabam tendo que fazer um investimento mais intenso para que os resultados se reflitam nas próximas décadas”, afirmou.

    Destaque cearense 

    Apesar do contexto desafiador, o Ceará alcançou, pelo segundo ano seguido, o posto de estado mais inovador do Nordeste. Na análise dos indicadores que compõem o Índice FIEC de Inovação, os melhores resultados do Estado foram nos quesitos Intensidade Criativa e Tecnológica e Sustentabilidade Ambiental, enquanto Empreendedorismo e Infraestrutura se demonstraram gargalos.

    Segundo Muchale, o bom desempenho cearense no índice é reflexo da soma de esforços entre o setor produtivo, o poder público, a academia e a sociedade civil para valorizar a inovação, fortalecendo áreas como produção de energias renováveis, conectividade, economia digital, responsabilidade fiscal e outras.

    “Os resultados mostram as boas escolhas feitas pelo Estado e a interação forte com o setor produtivo e a sociedade civil. Mas, se por um lado, o Ceará apresenta pontos positivos em alguns indicadores, por outro há uma agenda de fortalecimento do ambiente de empreendedorismo, do investimento em infraestrutura para inovação, e da complexidade dessa infraestrutura de apoio, seja com novos parques tecnológicos ou com o reforço da cooperação entre indústria e academia, por exemplo”, completa o Gerente do Observatório da Indústria Ceará.

    Sobre o índice

    O Índice FIEC de Inovação dos Estados consiste em um instrumento informacional com capacidade de orientar os estados para a criação de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil.

    “Compreender a capacidade inovadora da indústria do século XXI é fundamental para nortear políticas públicas estratégicas e eficientes", afirmou Ricardo Cappelli, presidente da ABDI.

    O índice é calculado tendo como base dois subíndices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e as medições da inovação em si (Resultados). Os dados são desagregados em 12 indicadores e duas dimensões, tornando a solução dos entraves mais direcionada.

    O Índice de ‘Capacidades’ captura os seguintes elementos: Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação), Inserção de Mestres e Doutores, Instituições e Infraestrutura. Já o Índice de ‘Resultados’ avalia os aspectos de Competitividade Global, Intensidade Tecnológica e Criativa, Propriedade Intelectual, Produção Científica, Empreendedorismo e Sustentabilidade Ambiental.

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