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Observatório da Indústria apresenta projetos voltados à economia do mar durante seminário Ceará Azul para um Oceano Saudável e Produtivo

O Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) esteve presente, nesta terça-feira (20/08), no seminário Ceará Azul para um Oceano Saudável e Produtivo, apresentando os principais projetos desenvolvidos pela instituição com foco na economia do mar. O evento é realizado pela Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade dos Oceanos, com apoio da FIEC, no intuito de discutir a poluição marinha e a chamada economia azul, que se baseia no uso sustentável dos recursos dos oceanos.

Em painel sobre iniciativas para o combate do lixo no mar do Ceará, o Coordenador do Observatório da Indústria, Lucas Silveira, citou o conjunto de trabalhos do Observatório da Indústria envolvendo setores como alimentos do mar, indústria naval, serviços marítimos e recursos oceânicos. Entre eles, estão os projetos Rotas Estratégicas, Masterplan e Perfis Profissionais para o Futuro.

“A economia do mar é muito importante para o Ceará, que é um grande produtor de alimentos do mar. Daí a importância de uma das nossas principais linhas de atuação ser o desenvolvimento de iniciativas dentro desse espectro. Além disso, como somos Hub dos ODS do Pacto Global aqui no Estado, o Observatório da Indústria se posiciona na elaboração de trabalhos e no estímulo para o crescimento de atividades dentro da economia do mar”, destaca Lucas.

O projeto Rotas Estratégicas - Economia do Mar teve como resultado a criação de um roadmap com trajetórias a serem percorridas para materializar o potencial de atividades econômicas relacionadas ao mar.

Já o Masterplan é um portfólio de iniciativas que também têm o objetivo de fortalecer o setor, a exemplo do Rastum, o Sistema de Rastreabilidade da Cadeia de Produção do Atum e Peixes Vermelhos. Premiada internacionalmente, a ferramenta reúne dados sobre espécies de peixes capturadas, volume das pescarias, geolocalização de embarcações, entre outros.

Por fim, o projeto Perfis Profissionais para o Futuro traça uma série de perfis profissionais que serão necessários à indústria nos próximos anos, antecipando a demanda por formação.

“Esses projetos definem uma série de iniciativas construídas em conjunto com especialistas para identificar as ações necessárias para o atendimento da visão de futuro para o setor e, em seguida, estabelecer um portfólio de projetos para esse mesmo fim. A partir disso, o Observatório da Indústria, em parceria com instituições como o Sebrae, a ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o Sindifrios, que é o sindicato do setor, desenvolve diversas ações”, explica Coordenador de Prospectiva e Cooperação Estratégica.

Solenidade de abertura

A abertura do seminário Ceará Azul para um Oceano Saudável e Produtivo contou com a participação do Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, que destacou a grande participação da economia do mar para a indústria local.

“Para nós da Federação das Indústrias, esse trabalho da Cátedra da UNESCO no Ceará tem muito a ver com estamos fazendo aqui na FIEC. Somos hoje o setor que mais exporta pescado do país, entre lagostas, peixe vermelho e atum. Há uma preocupação nossa de que o mar pertence a todos, mas principalmente às pessoas que dependem do emprego e da renda que estão lá. Por isso, ficamos muito felizes em receber vocês nesse momento tão importante e gostaríamos de parabenizar a Cátedra UNESCO pelo trabalho e por fazer esse alerta”, ressaltou Cavalcante.

Coordenador da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade dos Oceanos, Alexander Turra explica que o seminário pretende, a partir da interlocução entre diferentes setores da sociedade, construir estratégias para proteger os oceanos e sua biodiversidade, garantindo o uso sustentável dos recursos marinhos.

“O oceano é um elemento importante da sociedade. O que precisamos entender é como estabelecer mecanismos e processos para continuar fazendo com que ele seja limpo, saudável e produtivo, para que possa ser utilizado de forma sustentável”, destaca Turra, acrescentando a importância da contribuição da indústria nos debates. “Temos que identificar como as empresas se enxergam ou ajudar as empresas a se enxergarem enquanto empresas azuis, porque muitas das suas atividades acabam se revertendo em benefícios para o oceano e, às vezes, em impactos negativos. Então, precisamos nos antecipar e melhorar essa relação”, completa.