A Massa Salarial e o Rendimento Médio Real da indústria de transformação no Ceará apresentaram aumento em maio, segundo a pesquisa Indicadores Industriais realizada pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo ainda revelou um comportamento oposto, de retração, dos indicadores do setor no Brasil.
Segundo os dados analisados pelo Observatório, o Rendimento Médio Real teve um crescimento de 3,7% em maio ante abril deste ano. O resultado acabou sendo influenciado pela alta de 2,7% na Massa Salarial do setor no Estado, considerando igual período de comparação, e queda de 1% no número de empregos.
No acumulado de 2023 até aqui também houve aumento do rendimento médio, mas de maneira mais acentuada, com variação de 8,9%. Já na comparação anual, entre maio de 2023 e igual mês de 2022, a variação registrada foi de 16,2%.
Considerando o âmbito nacional, o Rendimento Médio Real teve uma retração de 2,1% entre abril e maio de 2023, analisando a série dessazonalizada. Apesar da redução, a indústria de transformação brasileira ainda acumula altas de 3,3%, em 2023, e de 3,4% entre maio de 2022 e maio deste ano.
Emprego em queda
Considerando o número de empregos, contudo, o setor apresentou retração nos âmbitos estadual e nacional. No Ceará, a queda entre abril e maio deste ano foi de 1%, enquanto o Brasil apresentou variação negativa de 0,3% e se manteve próximo da estabilidade.
Já no acumulado de 2023, o número de empregos no Estado apresentou uma redução de 7,6%. A indústria de transformação cearense também teve uma retração na comparação anual entre maio de 2023 e igual período do ano passado, de 5,8%. Em contrapartida, o cenário brasileiro apontado pela pesquisa foi de estabilidade, com leves altas de 0,9% no acumulado de 2023 e 0,6% na comparação anual.
Faturamento real
Tendo apresentado uma leve redução da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) em maio ante abril de 2023, a indústria de transformação cearense também apresentou queda no Faturamento Real no mês, de 2,3%. Com o resultado, o setor estadual acumula uma queda acentuada de 11,5% em 2023 até maio.
Na comparação anual também houve queda acima de 10% no Ceará.
O cenário de retração não foi registrado, contudo, para o Brasil, ao observar-se o Faturamento Real. Em maio deste ano, o setor no País manteve praticamente estável, com alta de 0,9%, acumulando uma variação positiva de 3,7% em 2023.
Acesse a pesquisa completa de Indicadores Industriais do Observatório da Industria.