Uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo no Estado do Ceará (Sindquímica) e o SEBRAE promoveu, nesta terça-feira (22/11), o "Workshop Boas Práticas para Inovação de Produtos Químicos e Farmacêuticos".
O evento híbrido ocorreu na Sala de Inteligência do Observatório da Indústria, com transmissão pelo YouTube da entidade, contando com a participação de empresários e pesquisadores dos setores químico e farmacêutico, cujo objetivo era discutir práticas para registro e regulamentação, bem como a legislação de Propriedade Intelectual e Industrial no Brasil. Além disso, cases de produtos de sucesso desenvolvidos no âmbito acadêmico também foram apresentados aos participantes.
A abertura do evento foi realizada pelo Presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Marcos Soares. Segundo ele, a área de saúde é estratégica não só para o Governo do Ceará, como também para a Federação das Indústrias. "É um setor muito importante, e vimos essa importância durante a pandemia. Estamos na criação de dois polos de saúde, porque a gente entende que o setor vai alavancar a indústria cearense", acrescentou, ao dar boas-vindas aos participantes.
Em seguida, foi aberto o espaço do primeiro painel do dia, com a apresentação de Raquel Mageste, da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CITT), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela explanou temas relacionados à importância estratégica dos núcleos de inovação tecnológica, conhecidos popularmente como NITs. Conforme Mageste, a UFMG é pioneira no registro de patentes nacionais, das quais citou a vacina da leishmaniose, um produto de antiqueda capilar e uma solução de nióbio que inativa o vírus da covid-19.
No segundo painel, apresentado pelo Pesquisador em Propriedade Industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Fábio Barros, foram dadas dicas de proteção da propriedade intelectual e industrial. Segundo ele, a citação ao trabalho desenvolvido gera qualidade de vida aos detentores da patente, promove a geração de novos negócios, bem como retorno econômico e reconhecimento.
Os painéis ainda contaram com a explanação do Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa, Neemias Andrade. Ele ressaltou a importância das atividades do órgão regulador e citou as bases legais de atuação da agência, passando pelas etapas de desenvolvimento de medicamentos.
Para finalizar a manhã, representantes de entidades que desenvolvem projetos e produtos para a indústria, com vinculação acadêmica ou com o Sistema S, apresentaram cases e portfólios que foram desenvolvidos internamente. Estavam presentes integrantes de núcleos ou órgãos de tecnologia e inovação de SENAI, SESI, UFC, UECE, UNIFOR, UNICHRISTUS e FIOCRUZ.
De acordo com a Pesquisadora do Observatório da Indústria e uma das organizadoras do espaço Sarah Sant'Anna, o workshop surgiu para promover maiores interações entre a indústria e a academia. "Esse evento vem mostrar quais são as principais regras que é preciso seguir, qual caminho é preciso percorrer da academia até chegar à indústria, assim como mostrar para a indústria quais os produtos que a academia tem. O objetivo é fazer essa ponte para que esses produtos possam chegar ao mercado, aumentando a produtividade na academia e o tecnologia na indústria".